17 de out. de 2007

Novo disco do "Foo Fighters"

Dave Grohl é, como líder de banda, o contrário de Kurt Cobain. Não se sente desconfortável à frente de um nome popular do rock, passa longe da imagem de angústia e agonia, mas não desafia muito no papel de criador. Mesmo quando se propõe a ampliar as fronteiras do Foo Fighters, como nesse novo "Echoes, silence, patience & grace", sempre há uma margem de segurança para conter mudanças muito bruscas.
Como dito pelo próprio Grohl em entrevistas, o disco passeia pelo pop/rock macio dos anos 70, que nomes como Steely Dan e Wings (a banda de Paul McCartney) tornaram popular - sem que isso fosse sinônimo de som bunda-mole.

Faixas como "Come alive" e "Summer's end", no entanto, podem assustar os fãs do lado mais pesado e rápido do grupo.
Mas o incômodo em algumas passagens é compensado pelos tiros certeiros que o grupo consegue, como de costume. A pesada "Erase replace" é daquelas de não tirar do "repeat", "Cheer up boys (your make-up is running)" mostra mais uma vez que a banda tem jeito para criar refrões empolgantes.
Na boa "Let it die" há um momento para lembrar o ex-companheiro Kurt e cutucar Courtney Love, viúva deste e desafeto de Dave Grohl nos assuntos sobre o espólio do Nirvana. "The ballad of the Beaconsfield miners" homenageia mineiros australianos que ficaram presos por duas semanas e esperaram pelo socorro ouvindo Foo Fighters.

"Echoes" traz resultados desiguais em uma tentativa de levar o som do grupo para outras praias, mas não deixa de representar um passo à frente.

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